Flúor é um mineral natural importante na redução do risco de cárie, tanto devido ao seu papel fundamental de endurecimento do esmalte durante a desenvolvimento dentário, bem como pelo seu poder remineralizante na fase inicial da cárie dentária.
Assim, o aporte de flúor é de extrema importância. Este pode ser efetuado através do flúor presente na alimentação, na água fluoretada fornecida pela rede pública (1,5 mg/l F–), nas pastas dentífricas e através de suplementos de flúor. A quantidade de flúor que é obtida pelos três primeiros é suficiente para perfazer a quantidade necessária para crianças e adultos com normal risco de cárie. A suplementação com comprimidos/gotas de flúor na infância (flúor sistémico),está desaconselhado pela DGS (Direção Geral de Saúde). A sua prescrição médica poderá estar indicada quando o teor de fluoretos na água de abastecimento público for inferior a 0,3 ppm F–e em casos excepcionais de elevado risco à cárie dentária (a partir dos 3 anos).
A ação tópica do flúor é a melhor forma de atuação deste. Assim devem ser utilizadas diariamente pastas dentífricas de 1000 a 1500 ppm de flúor (presente nas pastas em forma de fluoreto de sódio, fluoreto estancos e monoflurofosfato). De forma a otimizar o efeito do flúor sobre a estrutura dentária a pasta dentífrica deve permanecer o maior tempo sobre os dentes: após a escovagem dentária não se deve bochechar com água.Os excessos de pasta devem apenas ser cuspidos, de forma a conseguir uma maior concentração de flúor na cavidade oral, que vai actuar topicamente durante mais tempo.
Em casos específicos, de maior risco de cárie, pode ser necessário:
- Aplicação periódica de gel de flúor (5000 – 12 500 ppm F–) em consultório;
- Aplicação de verniz de flúor (até 56 300 ppm F–) localmente, direccionado para casos específicos de elevado risco de cárie;
- Prescrição do médico dentista de pastas com uma maior concentração de flúor (5000 ppm F–). Estas devem ser utilizadas segundo a recomendação específica do dentista.